terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Redoma



                                                        (Bruno Kohl)
                                     


         O homem do espaço chegará
         Bandeja de prata em suas mãos
Cabeça do grifo , grifará
Palavras com sangue desse chão

Genoma sem nome reinará
Estarei na redoma da exclusão
A parte que enfim me tocará
Em seu torso, meu remorso
Que me afasta e não
Apaga o fogo

A mulher do lago se erguerá
Trazendo o legado de Artur
Pedindo licença a um orixá
Cravará na terra a Excalibur

Criança Xavante nascerá
Em um plano 3 D, em fundo azul
Dragão virtual , meu Boitatá
Nem espada
Nem espaço
Nem homem nenhum
Apaga o fogo...

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Códigos




Tudo que eu falo para o mar
Tende a voltar com outro tom
Como se as ondas me atirassem para outra dimensão
Feito dogma e tributo
na intenção de convencer
que a canção é som de luto
para o lutiê.

Tudo que eu falo para o céu
o sol sorri ao derreter
Como se tudo precisasse de uma purificação
Feito a vida exposta em telas
Uma luz em degradee
Avisando que a ilusão
é o maná da matinee.

Tudo que eu falo pra voce
é no silêncio do olhar
como se os códigos tivessem só primeira intensão
feito disco na vitrola
um imenso atelier
celebrasse o indivisível
céu e mar , eu e você

letra :Bruno kohl

Água de Reuso


Publicado a 15 Dezembro 2010 por Biosfera_ms
Água de Reuso
A reutilização faz parte da Estratégia Global para Adminsitração da Qualidade das Águas, da ONU. A água de reuso é estratégia também para indústrias, empresas e prefeituras, pois promove a redução de custos. E, de quebra, torna-se a nossa contribuição para a preservação do planeta.




1- O que é água de reuso
A água de reuso é produzida nas Estações de Tratamento de Esgosto (ETEs), que tratam os efluentes domésticos e industriais. Processos adicionais de tratamento, certificados pela norma ISO 9001:2000, resultam em água de qualidade, para fins que não necessitam de água potável.
2- Para que serve
Pode ser usada em processos industriais, refrigeração de equipamentos, geração de energia, sistema de combate a incêndio e lavagem de ruas, praças, monumentos, trens e ônibus. Também serve para irrigar gramados públicos e campos de futebol.
3- Como chega ao cliente
O transporte é feito em caminhão pipa contratado pelo cliente ou por meio de uma adutora. O consumidor precisa ter uma rede específica, com tubulações totalmente independentes das de água potável.
4- Escolha consciente
Cada litro de água de reuso equivale a um litro de água poupado nos mananciais.
5- Economia
Adotar a água de reuso em situações que não demandam água potável é uma atitude sustentável também para as finanças da empresa. Mesmo com o custo do frete, a economia pode chegar a 40%.
FONTE: Sabesp e Planeta Sustentável
Fonte da Imagem: Tratamento de água
http://pt-br.paperblog.com/agua-de-reuso-46153/

sábado, 11 de dezembro de 2010

Quando surgiram os primeiros mangás e animês?


 mangás e animês
 
 
por Marcel Goto  Mundo Estranho

O termo mangá surgiu em 1814, nos hokusai mangá, que trazem caricaturas e ilustrações sobre a cultura japonesa. Já o mangá moderno tem influência dos cartuns ocidentais e de quadrinhos clássicos da Disney; e é basicamente uma criação de Osamu Tezuka, com Shin Takarajima ("A Nova Ilha do Tesouro"), de 1947.
A obra de Tezuka definiu as características do mangá, como expressões faciais exageradas, elementos metalingüísticos (linhas de velocidade, grandes onomatopéias etc.) e enquadramentos cinematográficos para aumentar o impacto emocional. O artista – falecido em 1989 – foi tão influente que é chamado de Deus Mangá.
Na animação, apesar de haver desenhos anteriores produzidos no Japão, Tezuka é considerado o fundador da indústria, com obras que marcaram a cultura nipônica. Astroboy, em 1963, foi a primeira série animada da TV japonesa com história contínua e personagens recorrentes. Outros trabalhos do autor, como Kimba, o Leão Branco e A Princesa e o Cavaleiro, ajudariam a definir, em técnicas narrativas e de animação, o que hoje é tão reconhecido nos animês.
E no Brasil?
O primeiro mangá lançado aqui foi Lobo Solitário, em 1988, pela Cedibra, mas adaptado para a leitura ocidental. Isso invertia as artes originais e quase todos os personagens viravam canhotos. Só quando a Conrad lançou Dragon Ball, em 2000, os mangás passaram a sair no seu formato original, e lidos "de trás pra frente". Já os animês chegaram nos anos 60 e é difícil precisar qual foi o primeirão. Na leva inicial vieram Homem de Aço, Oitavo Homem, Ás do Espaço, Zoran e outros.
Qual o manga é o anime de maior sucesso no Brasil?
Os animês são exibidos no Brasil há mais de 40 anos, e séries como Don Dracula, Piratas do Espaço, Menino Biônico e Sawamu colecionam fãs. Mas o maior fenômeno foi Cavaleiros do Zodíaco, que, sozinho (e sem esta pretensão), gerou em 1994 o boom dos desenhos japoneses que ecoa até hoje.
A série virou referência, foi reprisada muitas vezes, rendeu muito merchandising e fez outras emissoras, além da finada Manchete (que o exibia), apostar nos animês.
Nos mangás, Dragon Ball Z, da Conrad, continua insuperável. Goku, que já era famoso pelos games e pelo animê, vendia mais de 100 mil exemplares quinzenais no auge.
Qual o tamanho desta indústria no Japão?
É difícil precisar a produção de mangás, mas sabe-se que os quadrinhos representam cerca de 40% do que é impresso no Japão e em 2006 movimentaram mais de 4 bilhões de dólares – é o maior mercado do mundo, com cerca de 750 milhões de exemplares vendidos.
Os maiores mercados estrangeiros para os mangás são os EUA (mais de 200 milhões de dólares em vendas), França e Alemanha.
A produção de animês também é extraordinária: a cada ano, os 400 estúdios de animação japoneses produzem mais de 2 500 episódios, numa indústria que movimenta mais de 1 bilhão de dólares.
Como os mangás são publicados no Japão?
As histórias costumam ser publicadas capítulo a capítulo, em almanaques de até 500 páginas (geralmente em papel reciclado), com cerca de 20 séries diferentes e periodicidade semanal ou mensal.
Esses bitelões são voltados para meninos (como a Shonen Jump), meninas (como a Nakayoshi, de Sailor Moon), crianças (como Koro-Koro, de Pokémon), ou adultos (como a Weekly Morning, de Vagabond). Depois de lidos, os japoneses costumam jogá-los no lixo.
As séries mais populares ganham destaque na capa e nas primeiras páginas. Depois que vários capítulos são publicados, a história é republicada em edições colecionáveis conhecidas como tankohon – o formato no qual a maioria dos mangás sai no Brasil.
Como se produz um mangá?
Primeiro, os editores dos almanaques estudam a preferência dos seus leitores. Afinal, a revista precisa de variedade. Esse retorno é medido por meio de cupons de pesquisa encartados nas revistas.
Então, editor e autor definem os rumos da história. Em seguida, se faz uma prévia do roteiro e um rascunho das páginas. Assim que são aprovados, começa a correria.
Muitos artistas criam mais de 20 páginas por semana e só conseguem porque contam com vários assistentes, que fazem arte-final, inserem retículas (que dão sombra e volume aos desenhos), cenários e balões.
Quem lêe mangás e assiste animês?
Um dos segredos do sucesso dos mangás é a segmentação. Há histórias para meninos (com ação, valorização do trabalho em equipe e perseverança), meninas (romances e tramas cheias de sentimento), adultos e até donas-de-casa (as mais picantes imagináveis). E para cada público existem vários gêneros: terror, suspense, erótico, aventura etc. Nenhum mercado do planeta tem tantas ramificações. Assim, é difícil encontrar no Japão quem não leia quadrinhos.
Os animês são um pouco menos populares, por diversos fatores. A produção é mais cara – um episódio de 30 minutos custa, em média, 100 mil dólares. Os horários de exibição na televisão nem sempre batem com a ocupada agenda dos japoneses. E, por causa do custo elevado, os assuntos tratados nos desenhos não são tão variados como nos mangás. Geralmente, as séries são direcionadas ao público jovem.
A exceção é Hayao Miyazaki, que produz no seu Studio Ghibli longas-metragens para os cinemas. Invariavelmente, cada filme dele é o mais rentável do ano em que é lançado, e animês como Princesa Mononoke, A Viagem de Chihiro e O Castelo Animado, por seu apelo universal, constam entre as dez produções japonesas de maior bilheteria de todos os tempos. São clássicos em todos os sentidos da palavra.
Todo mundo lê mangás no Japão?
Praticamente. Afinal, trata-se de um entretenimento prático e barato. E, numa sociedade em que as pessoas têm pouco tempo para o lazer e lêem muito, é comum encontrar nos trens mangás nas mãos tanto de executivos quanto de crianças.
Além disso, personagens como Doraemon, o gato-robô azul que vem do futuro, são tão populares e tradicionais quanto Mickey Mouse, e aparecem em livros educativos, campanhas do governo e diversos produtos.
Há propagandas das histórias mais famosas do momento em outdoors, estações de trem e até dentro dos vagões. Nas bancas, que, diferentemente do Brasil, só existem em estações de trem e lojas de conveniência, os mangás aparecem com mais destaque do que os jornais e outros periódicos.
Em quanto tempo um mangá vira animê?
Não há um padrão. Nas principais revistas, logo que o mangá desponta, é comprado por um canal de TV. Aí, ganha uma série semanal em horário nobre (entre 17 e 19 horas), que pode ter centenas de episódios e gerar muito merchandising.
Outra via é quando um estúdio transforma um mangá mais cult em longa-metragem ou numa série para DVD ou TV (em horários menos concorridos, como a madrugada).
E ainda rola o inverso: um animê de sucesso gerar um mangá, como ocorreu com Gundam, o robô gigante mais famoso do Japão.
O que é cosplay?
Ocosplay é um dos destaques das convenções de animê e mangá. Trata-se do ato de se vestir como um personagem e, se tiver coragem, encenar alguma passagem da história da qual ele faz parte.
As convenções são tomadas por centenas de cosplayers. Alguns querem apenas se divertir, sem se importarem com a verossimilhança das roupas. E há os que reproduzem fielmente seus heróis e vilões prediletos.
O cosplay surgiu nos EUA, em convenções de Jornada nas Estrelas, no final dos anos 70. Hoje, no segmento mangás e animês, o Brasil se destaca: em 2006, os irmãos Mônica e Maurício Somenzari Leite Olivas "encarnaram" Rosiel e Alexiel, de Angel Sanctuary, e venceram o World Cosplay Summit, um importante torneio mundial.
O que significa otaku?
Otaku é a versão japonesa do nerd, mas um tipo bem específico: aquela pessoa dedicada ao extremo, fanática mesmo por um assunto, seja ele miniaturas de trens ou aviões, tecnologia, seja, o que é mais comum, animês e mangás.
Na rígida e tradicional sociedade japonesa, a expressão tem uma conotação negativa, e ser chamado de otaku normalmente tem algum grau de ofensa. Mas, no Ocidente, a denominação simplesmente serve para identificar quem curte bastante esse hobby. Uma das maiores convenções dos EUA até assume isso no nome: Otakon.
Qual a receita para se criar um manga de sucesso?
Não basta apenas uma boa idéia ou um desenho bacana, é preciso muito mais
Se atualmente existe uma fórmula de êxito nos mangás, ela está na revista Shonen Jump, que, sob o lema "perseverança, amizade, vitória", vem criando sucessos mundiais há quase 30 anos. Acompanhe a seguir a "receita" desenvolvida por ela (e seguida por suas concorrentes) no gênero de mangás para meninos.
1. O protagonista
Ao eleger o personagem principal, lembre-se: ele geralmente tem "alma infantil", é ingênuo, puro de coração, valente e fiel aos amigos. Não desiste nunca e nem teme perigo algum. Exemplos: Goku, Yuusuke Urameshi (YuYu Hakusho), Ruffy, Naruto etc. E ter um visual impactante é fundamental.
2. Objetivos
Nos melhores mangás shonen, o herói é sempre movido por uma grande aspiração, que lhe possibilita mostrar sua determinação e seu valor. Ele quer se tornar o guerreiro mais poderoso do Universo? O maior pirata? O melhor jogador de basquete? Ou o melhor padeiro? (Acredite, isso existe!)
3. Os amigos
Uma lição presente em todos os mangás é o valor da amizade. O que seria de Goku sem Kuririn? Os amigos complementam a personalidade do herói e enriquecem a história. Eles podem até competir entre si, mas é sempre quando atuam lado a lado que superam os maiores desafios.
4. O rival
Nas pesquisas de popularidade das principais revistas, os rivais aparecem sempre no topo. Dois bons exemplos são Vegeta e Sasuke, que fazem Goku e Naruto, respectivamente, darem o melhor de si a todo momento. Um grande rival é quase tão importante quanto um protagonista carismático.
5. O toque do autor
Mas receita nenhuma, por mais tradicional ou inovadora que seja, garante a qualidade ou o sucesso da história. Afinal, cada balão é preenchido com as idéias do autor e, no final das contas, é o talento dele, pessoal e intransferível, que dá sabor à trama e, se for bem-sucedido, cria os clássicos.
Há algum local no Japão destinado à cultura dos mangás?
Nas grandes cidades japonesas, o difícil é justamente fugir dessa cultura. Mas o epicentro do fenômeno está no bairro de Akihabara, em Tóquio. Lá existem dezenas de lojas de mangás (como a Tora no Ana), fliperamas construídos pela própria Sega, quiosques de brinquedos, miniaturas e as mais diversas traquitanas tecnológicas, além de bares e cafés temáticos para todos os gostos e eventos praticamente todas as semanas para o lançamento de diversos produtos, com pocket shows dos artistas favoritos dos fãs.
Essas lojas são todas enormes e ocupam prédios inteiros, com diversos departamentos diferentes. Ou seja, são verdadeiros templos do consumo otaku.
A Asobit City é um bom exemplo. Confira as suas subdivisões, por andar:
• Subsolo: jogos de PC e mangás adultos.
• Térreo: brinquedos baseados em robôs, principalmente a série Gundam.
• Primeiro: videogames e acessórios.
• Segundo: brinquedos e modelos baseados em personagens de animês e mangás.
• Terceiro: modelos em escala de carros, trens, aviões e outros veículos, inclusive movidos por controle remoto.
• Quarto: artefatos para cosplay, camisetas e acessórios com personagens de animês.
• Quinto: réplicas variadas de armas, uniformes militares e trajes de caça.
Por que os personagens têm expressões tão exageradas?
Os japoneses têm uma longa tradição de humor baseada em caretas e outras expressões engraçadas – a palavra mangá significa "desenhos irreverentes". Outra explicação vem da herança que os mangás receberam das caricaturas.
Por isso, os mangás e animês desenvolveram uma linguagem própria para as expressões dos personagens. Confira algumas.
Gotinha: significa constrangimento, muitas vezes por causa de alguma coisa bizarra ou "sem noção" que outro personagem faz.
Olhos brilhando, bochechas coradas: encantamento e sentimento de grande alegria.
Veia saltando: indica a fúria de alguém.
Nariz sangrando: é um sinal utilizado para mostrar que o personagem está excitado.
O que mudou na indústria de animês?
Neon Genesis Evangelion, exibido em 1995 e 1996, foi um marco. Com uma trama de suspense nunca vista num animê sobre robôs gigantes, fez grande sucesso no horário nobre. Por isso, os produtores passaram a ousar nos roteiros e rolou um boom de séries para a TV. Foi até criado um horário para exibir séries cults e adultas: tarde da noite e início da madrugada.
Essas séries foram o principal produto de exportação dos estúdios para o Ocidente, o que compensou a queda nas vendas internas – o país vivia uma recessão nos anos 90.
Além disso, a produção totalmente digital, que dispensa acetato, tinta e outros materiais e permite a inserção de gráficos 3D nos desenhos, barateou as produções. Esse novo fôlego foi vital para manter a animação japonesa na vanguarda mundial.
Fanzines são importantes no Japão?
É inimaginável para um americano vender um fanzine do Homem-Aranha, Batman ou Mickey – um advogado logo estaria no seu rastro. Mas, no Japão, a indústria de mangás e o mundo dos fanzines (chamados de doujinshi) convivem harmoniosamente, e um beneficia o outro.
É comum encontrar fanzines de Doraemon, Gundam, Dragon Ball Z, com novas aventuras dos personagens. Há milhares à disposição.
Os autores e editoras não se incomodam com os fanzines, pois suas tiragens de centenas de exemplares não ameaçam as vendas milionárias dos mangás.
Vários autores de sucesso começaram como fanzineiros, para depois serem descobertos pelos caçadores de talentos das editoras.
Já houve encontros de heróis americanos e japoneses?
É comum nos mangás autores fazerem referências não autorizadas a ícones como Mickey Mouse e Homem-Aranha, mas até hoje não rolou nenhum encontro de personagens numa publicação.
O mais próximo que se chegou disso foram japoneses desenharem histórias para a DC (Batman, Superman etc.) e Marvel (Homem-Aranha, X-Men e outros). Hoje, isso nem é tão raro, como comprovam Tsutomu Nihei, do mangá Blame!, que ilustrou a minissérie Snikt!, do Wolverine, e Kia Asamiya, de Silent Mobius, que fez Batman Mangá.
E a contramão também rola: desenhistas do Ocidente têm publicado no Japão.

especial para meus filhos Bruno e Amanda que são paixonados por mangás e animês

Existe lugar no mundo onde nunca houve guerra?


por Pedro Proença

Só dois: o Polo Norte e a Antártida. E isso porque não têm população e não pertencem a nenhuma nação. Todos os lugares do mundo com traços de ocupação já sofreram algum tipo de conflito armado. "A guerra é inerente ao comportamento dos grupos humanos", explica George Hoffeditz, curador do Museu da Guerra, no estado da Virgínia, nos EUA. Mas não precisa ficar deprê! Segundo o historiador, essas lutas tiveram importância significativa para nosso desenvolvimento. Até mesmo a Suíça, célebre por sua neutralidade em combates como as Grandes Guerras, tem um passado manchado de sangue - especialmente na Idade Média. Outros países oficialmente neutros, como Suécia, Áustria e Costa Rica, também já pegaram em armas séculos atrás. Nem o Brasil, que hoje tem fama de bom mediador na política externa, escapa: basta lembrar o nosso conflito com o Paraguai (1874-1870).

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Censo aponta que população do Brasil é de 190.732.694 pessoas

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira o resultado do Censo 2010: o País tem população de 190.732.694. O número foi estabelecido para 1º de agosto deste ano, data de referência da pesquisa.
No início do mês, o IBGE havia divulgado dados iniciais da pesquisa. O número, relativo à pesquisa feita até 31 de outubro, apontava população de 185,7 milhões.
Em comparação com o Censo 2000, ocorreu um aumento de 20.933.524 pessoas. Esse número, conforme o instituto, demonstra que o crescimento da população brasileira no período foi de 12,3%, inferior ao observado na década anterior (15,6% entre 1991 e 2000). O Censo 2010 mostra também que a população é mais urbanizada do que há 10 anos: em 2000, 81% dos brasileiros viviam em áreas urbanas e agora são 84%.
Foram quatro meses de coleta e supervisão de dados. Trabalharam no processo, segundo o IBGE, 230 mil pessoas, sendo 191 mil recenseadores.
Diferenças regionais
A região Sudeste segue sendo a região mais populosa do Brasil, com 80.353.724 pessoas. Entre 2000 e 2010, perderam participação as regiões Sudeste (de 42,8% para 42,1%), Nordeste (de 28,2% para 27,8%) e Sul (de 14,8% para 14,4%). Por outro lado, aumentaram seus percentuais de população brasileira as regiões Norte (de 7,6% para 8,3%) e Centro-Oeste (de 6,9% para 7,4%).
Entre as unidades da federação, São Paulo lidera com 41.252.160 pessoas. Por outro lado, Roraima é o Estado menos populoso, com 451.227 pessoas. Houve mudanças no ranking dos maiores municípios do País, com Brasília (de 6º para 4º) e Manaus (de 9º para 7º) ganhando posições. Por outro lado, Belo Horizonte (de 4º para 6º), Curitiba (de 7º para 8º) e Recife (8º para 9º) perderam posições.
Homens e mulheres
Os resultados mostram que existem 3,9 milhões de mulheres a mais do que homens no Brasil, ou seja, há 95,9 homens para cada 100 mulheres. Em 2000, para cada 100 mulheres havia 96,9 homens. A população brasileira é composta por 97.342.162 mulheres e 93.390.532 homens. A única região onde o número de homens supera o de mulheres é a Norte, onde existem 8 milhões de homens e 7,8 milhões de mulheres.
Na região Centro-Oeste são 6,97 milhões de homens e 7,07 milhões de mulheres. Na região Nordeste residem 25,9 milhões de homens e 27,1 milhões de mulheres. O Sudeste concentra 39 milhões de homens e 41 milhões de mulheres. E no Sul, vivem 13,4 milhões de homens e 13,9 milhões de mulheres.
Centenários
O Censo 2010 apurou ainda que existiam 23.760 brasileiros com mais de 100 anos. A Bahia é a unidade da federação com mais brasileiros centenários (3.525), seguida por São Paulo (3.146) e Minas Gerais (2.597).
Domicílios recenseados
Segundo o IBGE, foram visitados 67,6 milhões de domicílios e ao menos um morador forneceu informações sobre todos os moradores de cada residência. A partir do dia 4 de novembro, o IBGE realizou um trabalho de supervisão e controle de qualidade de todo material coletado, em conjunto com as Comissões Censitárias Estaduais (CCE) e das Comissões Municipais de Geografia e Estatística (CMGE) em todas as 27 Unidades da Federação e nos municípios brasileiros.
Do total dos 67,6 milhões de domicílios recenseados, os moradores foram entrevistados em 56,5 milhões de domicílios. Foram classificados como fechados 901 mil domicílios, em que não foi possível realizar as entrevistas presenciais, mas havia evidências de que existiam moradores. Nesses casos, o IBGE utilizou uma metodologia para estimar o número de pessoas residentes nesses domicílios fechados.
A metodologia consiste em atribuir a cada domicílio fechado o número de moradores de outro domicílio, que havia sido inicialmente considerado fechado e depois foi recenseado. A escolha foi aleatória, levando em conta a unidade da federação, o tamanho da população do município e a situação urbana ou rural.
O Censo Demográfico encontrou ainda 6,1 milhões domicílios vagos, ou seja, aqueles que não tinham morador na data de referência, mesmo que, posteriormente, durante o período da coleta, tivessem sido ocupados. Prédios em construção, casas colocadas à venda (ou de aluguel) e abandonadas são exemplos de domicílios vagos. Os domicílios de uso ocasional, que somaram 3,9 milhões, são aqueles que servem ocasionalmente de moradia, usados para descanso de fins de semana, férias ou outro fim.
Já o número de domicílios coletivos (hotéis, pensões, presídios, quartéis, postos militares, asilos, orfanatos, conventos, alojamento de trabalhadores, etc) foi de 110 mil. Em 2000, do total de 54,2 milhões de domicílios, 45 milhões eram ocupados, 528 mil fechados, 6 milhões vagos e 2,7 milhões de uso ocasional.
Começando em 1º de agosto de 2010, os 191 mil recenseadores percorreram os 5.565 municípios brasileiros e as entrevistas implicaram no recenseamento da população por meio de três métodos: entrevista presencial, questionário pela internet e, por fim, estimação do número de moradores em domicílios fechados.

29 de novembro de 2010 

 fonte Redação Terra

Previsões da população Mundial


PREVISÕES DA POPULAÇÃO MUNDIAL PARA A METADE SÉCULO XXI
por Nelson Bacic Olic 


Nos dias que correm vêm ocorrem e se cristalizam importantes mudanças na composição e na dinâmica da população mundial. Apesar de muitas dessas transformações terem se iniciado nas últimas décadas do século XX, pode-se afirmar que ao longo do século atual, a população do planeta será maior, crescerá em ritmo mais lento, será cada vez mais urbana e também mais idosa do que foi nos últimos 100 anos.
Assim como ninguém que tenha vivido até 1930 conseguiu presenciar a população mundial dobrar de tamanho, tudo indica que nenhum ser humano nascido após 2050 viverá tempo suficiente para testemunhar esse fenômeno novamente. Nunca é demais recordar que o ritmo máximo de crescimento da população mundial foi atingido por volta da segunda metade da década de 1960 e se o total de seres humanos no planeta só atingiu seu primeiro bilhão no início do século XIX, atualmente esse número é incorporado à população mundial a cada 15 anos.
Segundo estimativas, em 2050, o planeta deverá abrigar um número pouco superior a 9 bilhões de habitantes, isto é, mais ou menos 2,5 bilhões de pessoas a mais do que possui atualmente. Esse aumento corresponde ao número de pessoas que o mundo possuía em 1950. Atualmente, a cada ano são incorporados à população do planeta, cerca de 75 milhões de seres humanos, isto é, um pouco menos da metade da população brasileira, ou cerca de quase duas vezes o contingente populacional da Argentina.
Todavia, a dinâmica do crescimento demográfico mundial é muito desigual. Estima-se que ao longo dos primeiros 50 anos do século XXI, a população de alguns países asiáticos, como o Afeganistão e um grande número de nações da porção subsaariana da África (como Libéria, Uganda, Burundi, Chade e Congo), assistirão seu contingente populacional triplicar. Deve-se recordar que estes países estão entre os mais pobres do mundo. Mesmo tendo taxas de mortalidade acima da média mundial, os países em questão têm apresentado taxas de natalidade persistentemente altas. Nesses países, em média, uma mulher tem o dobro de filhos do que as mulheres que vivem nas nações mais ricas.
Cerca de metade do incremento populacional que ocorrerá até 2050, terá como “responsáveis” nove países: Índia, Paquistão, Nigéria, República Democrática do Congo, Bangladesh, Uganda, Estados Unidos, Etiópia e China. A surpresa fica por conta da presença dos Estados Unidos nesta lista, fato explicado pelo alto número de imigrantes que o país deverá receber ao longo das próximas décadas.
Por outro lado, pelo menos 50 países, a maioria de alto nível econômico, como a Alemanha, o Japão e a Itália, provavelmente terão uma diminuição de sua população em termos absolutos. Outros países, embora com um padrão econômico inferior ao dos países citados, como é o caso da Rússia, também deverão ter sua população diminuída. O exemplo russo é emblemático, pois reflete a falência dos sistemas públicos de saúde e o incremento de mortes causadas por câncer, doenças cardíacas, alcoolismo, suicídios e homicídios, decorrentes da brutal queda do padrão de vida após o fim da União Soviética.
O século XX foi o único da história em que o número de jovens foi maior que o de idosos. Até a metade do século passado, o contingente de crianças com idade inferior a 5 anos era maior que a de pessoas com mais de 60 anos. Atualmente, cada um desses grupos etários corresponde a 10% da população mundial, mas daqui para frente, os idosos serão cada vez mais numerosos. Contudo, o envelhecimento da população não ocorre de forma semelhante em todos os países. Em 2050, nas regiões mais desenvolvidas do mundo, uma em cada três pessoas terá mais de 60 anos, enquanto que nas áreas menos desenvolvidas elas serão cerca de 20% do total.
Mantendo as tendências demográficas observadas na atualidade, até 2050 a quase totalidade do crescimento da população mundial acontecerá em áreas urbanas. Estima-se que por volta de 2007, o número de pessoas morando em cidades será superior ao contingente de pessoas do campo. As populações urbanas crescem mais rápido nos países pobres do que nos países mais ricos. Aproximadamente 60% do crescimento urbano nos países pobres será devido ao crescimento vegetativo ao qual será acrescido o êxodo rural, fenômeno que ocorrerá com maior intensidade no sul, sudeste e leste da Ásia e também na África Subsaariana.
As projeções que indicam bilhões de pessoas a mais nos países pobres, mais idosos no mundo, juntamente com a expectativa de um crescimento econômico mundial maior que o atual, levanta questões sobre o grau de sustentabilidade da população atual e futura.
A principio, nosso planeta pode fornecer espaço e alimento para pelo menos três bilhões a mais de pessoas das que existem atualmente. O problema é que grande parte dos 6,5 bilhões de seres humanos que vivem atualmente na Terra, não se satisfaz apenas em ter o que comer.
Segundo organismos internacionais que estudam o problema, estabelecendo-se uma relação entre alimentos, energia e recursos naturais, na atualidade, os habitantes da Terra já estariam consumindo 42,5% além da capacidade de reposição da biosfera, déficit que tem aumentado cerca de 2,5% ao ano. Se todos os seres humanos passassem a consumir o que consome um europeu ou um norte-americano, seriam necessários três planetas como o nosso!
Fonte: Revista Pangea

sábado, 20 de novembro de 2010

13 posições clássicas de dormir em sala de aula e seus significados

 
 1. Estilo Entediado13 posições clássicas de dormir em sala de aula e seus significados. 
Esta postura pode ser normalmente observada durante uma aula com um professor que fala sempre no mesmo tom de voz tedioso. Os alunos ao final da aula já terão feito seus lápis e suas borrachas em pedaços.Mensagem corporal: Sua aula é realmente chata!
2. Estilo Clássico13 posições clássicas de dormir em sala de aula e seus significados.
Esta posição permite adormecer com facilidade, mas, o problema é que o professor pode vê-lo algumas vezes assim e ficar muito irritado.
Mensagem corporal: Professor, eu estou muito cansado(a).

3. Estilo C.D.F./Nerd Debochado13 posições clássicas de dormir em sala de aula e seus significados.
Os alunos que tiram notas boas e não precisam ouvir a lição podem muitas vezes ser vistos nesta pose preguiçosa em que a sua linguagem corporal mostra que estão cheios de auto-confiança.Mensagem corporal: Tudo o que você perguntar para mim eu sei resposder.
4. Estilo Oração/Reza13 posições clássicas de dormir em sala de aula e seus significados.
Com os dedos de ambas as mãos juntas como se estivesse orando/rezando, esse tipo de postura diz claramente uma coisa: "professor, eu te imploro para terminar rapidamente esta aula, ok?

5. Estilo Abatido13 posições clássicas de dormir em sala de aula e seus significados.
Não entende a lição a ponto de chorar.Mensagem corporal: Ouço, mas não entendo!
6. Estilo Avestruz13 posições clássicas de dormir em sala de aula e seus significados.
É típico de alguém inseguro. A pessoa que está em conflito por querer dormir mas, ao mesmo tempo ter medo de ser pega, naturalmente adota essa postura.
Mensagem corporal: Você não pode me ver, você não pode me ver ...

7. Estilo apaixonada13 posições clássicas de dormir em sala de aula e seus significados.
Normalmente as meninas quando estão pensando nos meninos adotam essa pose que demonstra alta carga emocional.

8. Estilo Mala13 posições clássicas de dormir em sala de aula e seus significados.
Em geral, só os muito malas têm coragem de dormir assim. O seu nível de desrespeito para com o professor faz com que os outros abanem negativamente a cabeça.
Mensagem corporal: Porra, eu quero dormir, qual é a sua?!

9. Estilo em Dupla13 posições clássicas de dormir em sala de aula e seus significados.
Duas pessoas ignorando completamente o professor.
Mensagem corporal: Um dormindo no lado do outro, isso promete...

10. Estilo Triplo13 posições clássicas de dormir em sala de aula e seus significados.
Ao sentir vontade de dormir, os alunos formam grandes grupos em vez de tentar resistir ao sono, e sem prestar atenção no seu professor. Isso acontece muito em aulas de professores idosos.
Mensagem corporal: Três pessoas dormindo juntas deve irritar qualquer professor.

11. Estilo "tô em casa" 13 posições clássicas de dormir em sala de aula e seus significados.
Esse tipo de comportamento pode ser descrito como desafiador. Desconsiderar as regras e dormir é uma coisa, mas tentar transformar a sala de aula no ambiente aconchegante do seu próprio quarto já ultrapassa o que as pessoas normais geralmente aceitam.
Mensagem corporal: Só faltava o meu ursinho fofinho...

12. Estilo cama de carteiras 13 posições clássicas de dormir em sala de aula e seus significados.
Basta ir longe demais e juntar as carteiras para fazer uma cama e dormir tranquilamente como se estivesse em casa. Claro que nestes casos o professor já perdeu toda a sua autoridade na classe.
Mensagem corporal: Se for para dormir, que se durma bem!

 
13. Estilo Dormindo em Pé13 posições clássicas de dormir em sala de aula e seus significados.
Essa postura já excede em muito as posturas do sono normal. Um professor que vê esse tipo de aluno só pode sacudir a cabeça, suspirar e, impotente, apenas continuar com a lição.
Publicado a 06 Novembro 2010 por Poucoalem






A inclusão das crianças de 06 anos no Ensino Fundamental:





A inclusão das crianças de seis anos noEnsino Fundamental
amplia a escolarização
para uma parcela significativa da população
brasileira que se encontrava, até então,
privada da educação escolar ou sem garantia
de vagas nas instituições públicas de ensino.
Como único nível de ensino de matrícula obrigatória
no País, o Ensino Fundamental, ao ter
sua duração ampliada de oito para nove anos,
traz para a escola um grupo de crianças que,
ao serem introduzidas nessas instituições,
entram em contato com uma cultura da qual
devem se apropriar. É importante também
considerar que, ainda que algumas das
crianças de seis anos já frequentassem
instituições pré-escolares, a entrada desse
segmento no Ensino Fundamental impõe
novos desafios, sobretudo pedagógicos,
para a área educacional. Como se sabe,
mesmo admitindo a expansão das vagas
como condição fundamental para a garantia
do direito à educação, é no âmbito das
práticas pedagógicas que a instituição educativa
pode tornar-se ela mesma expressão ou
não desse direito. Para que esse direito se
cumpra, portanto, e para que se configure
como promotor de novos direitos, o acesso
das crianças às instituições educativas e
sua permanência nelas devem consolidar-se
como direito ao conhecimento, à formação
integral do ser humano e à participação no
processo de construção de novos conhecimentos.
A construção dessa prática educativa
deve ter a criança como eixo do processo
e levar em conta as diferentes dimensões de
sua formação.
Nesta publicação, sem ignorarmos a
relevância das demais dimensões, discutiremos
uma delas, que, por seu caráter
complexo, multifacetado e precursor,
cumpre um papel fundamental na garantia
do direito à educação: o desenvolvimento
da linguagem escrita.
retirado do Blog ESPAÇO EDUCAR

domingo, 14 de novembro de 2010

Para relaxar de um dia inteiro de trabalho, artesanato...... gurilandas, jogo de banheiro, saia para pinheiro, mobile, enfeite de centro de mesas e bolsas de caixa de leite.

,


 Enfeite de mesa feita com rolinhos de jornal, verniz, renda ouro, festao de natal verde flores e velas tudo colado com cola quente.


Guirlanda Feita de circulo de papelão, feltro verde e manta acrilica( tamanho prato de churrasco e pires o centro).  as flores sao feitas de circulos  do tamanho de uma xicara dobradas ao meio duas vezes e coladas com cola quente, laço)

jogo banheiro feito com feltro vermelho pe verde (molde sandadlia n 35 ) anti derrapante pvc, falta confeccionar a tampa do vaso.

Bolsas feitas com caixa de leite


Ainda em confecção saia em feltro verde com figuras em tecido pespontada.


Mobile feito de CDs em feltro pespontado com figuras de natal e em tecido (colado com cola branca )



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ilha de Porto Belo


Alunos que venceram a gincana da festa junina dos 4 anos da professora Debora
Vice  da gincana da copa do mundo professora Léia, acompanham a visita a Orientadora Marcia e A professora Tati... Desculpem a  filtração nas fotografias  muita tecnologia ... para uma Loira ........












quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Prevenção de acidentes




Alguns cuidados básicos devem ser seguidos à risca.
É cada vez mais comum as crianças passarem mais tempo em casa com a empregada (cheia de afazeres e sem possibilidade de tomar conta da meninada),  de modo que o risco de acidentes domésticos é grande.  Para evitá-los, alguns cuidados básicos devem ser tomados e seguidos à risca.
Não se deve deixar que as crianças andem sozinhas no elevador do prédio e que brinquem fora da área do playground, por exemplo. São dicas simples e nem sempre seguidas pelas famílias. Também é importante estimular o uso de equipamentos de segurança como joelheiras, caneleiras e capacetes em práticas esportivas. A garotada adora andar de bicicleta, patinete e skate sem se proteger direito. Veja abaixo outras dicas:
Cuidados em casa
Dentro de casa algumas providências precisam ser tomadas, principalmente na cozinha, que é o local mais atraente e perigoso para as crianças. O ideal é colocar um bloqueio na porta da cozinha. Líquidos e alimentos quentes, fios elétricos, torradeiras, bules e garrafas térmicas devem ser mantidos fora do alcance das crianças. Afinal, para elas, tudo parece ser uma brincadeira.
As bocas de trás do fogão devem ser usadas para cozinhar e deixar os cabos das panelas virados para trás. Materiais inflamáveis, como fósforo e álcool, e objetos cortantes, deme ficar bem longe do alcance dos pequenos.
Outras partes da casa merecem atenção especial dos pais, como os banheiros e a despensa. Remédios, material de limpeza e produtos tóxicos precisam estar em local de difícil acesso. O risco de intoxicações com produtos domésticos e medicamentos entre crianças menores de cinco anos é grande.
Nessa faixa etária, os acidentes fatais são devidos à aspiração de pequenos objetos. Na fase pré-escolar também há o risco de quedas. O ideal é colocar grades ou telas janelas. Também é preciso ter um cuidado redobrado com piscinas, tanques e fossas, para evitar o afogamento.
Crianças são curiosas
Muitos acidentes que acontecem dentro de casas ou apartamentos são motivados pela curiosidade da criança e pelo fácil acesso ao que ela deseja pegar. Uma simples tomada descoberta é o suficiente para chamar atenção dos pequenos. Para evitar choques ou sustos futuros, os pais devem tampar as tomadas com objetos próprios para isso. Tirar do alcance delas objetos de vidro, cristal ou porcelana, que se quebrados podem corta-las facilmente também é prudente. Sua casa pode ficar um pouco desarrumada nesse período, mas quando as férias acabarem os objetos poderão voltar para o lugar.
Na faixa etária de um a quatro anos a mortalidade por causas externas está em terceiro lugar no Brasil, atrás apenas de infecções mal diagnosticadas e de doenças do aparelho respiratório. Na faixa de cinco a nove anos, no entanto, elas aparecem em primeiro lugar, destacando-se também os atropelamentos e acidentes de trânsito envolvendo dois veículos. Mesmo quando sair à rua com as crianças preste atenção em detalhes que evitam acidentes. Respeitar a faixa de pedestres, usar cinto de segurança, usar o assento apropriado para crianças menores em automóveis, transportá-las sempre no banco de trás e dirigir com prudência são recomendações que devem ser sempre seguidas.
Dicas:
- Mantenha utensílios de cozinha, objetos cortantes, remédios e produtos de limpeza fora do alcance das crianças, em lugares altos e de difícil acesso.
- Proteja tomadas, quinas de móveis e vidros com almofadas ou pedaços de pano acolchoados para que elas não se machuquem.
- Não deixe as crianças brincando na cozinha na hora em que estiver fazendo comida ou fazendo limpeza. Panela com comida quente pode causar acidentes se ela quiser pegar o cabo.
- Se as crianças quiserem brincar de corte e colagem, ofereça uma tesoura sem ponta e cola atóxica, de preferência em bastão. Observe também se as canetas hidrocor também não oferecem perigo à saúde. Crianças pequenas têm mania de colocar tudo na boca.
- Caso elas queiram brincar na rua ou no play do prédio, proteja-as com os equipamentos de esporte ou deixe um adulto tomando conta. Mas prefira levá-las em parquinhos para que possam brincar sem perigo.
- Na dúvida, esteja sempre por perto observando o que fazem.
site editora opet.

sábado, 11 de setembro de 2010

material para pesquisa 6 e 7 series

Argentina: Nossos “hermanos” argentinos têm como prato mais conhecido seu churrasco, chamado de parrilla. Nele, aparecem cortes de carne como o bife de chorizo e vacío. As carnes geralmente são acompanhadas de carnes e saladas. Outro prato típico é o matambre, uma espécie de rocambole de carne recheado com pimentas, ovos e vegetais que pode ser servido frio ou quente. A sobremesa mais famosa é o alfajor, doce geralmente com doce de leite e envolvido por chocolate branco ou ao leite. O mate é a bebida mais típica, e os vinhos argentinos também tem seu prestígio

Estados Unidos: Ao pensar em culinária americana, diretamente associamos a fast food e comidas pesadas. Não é para menos, afinal, já no café da manhã, são comuns alimentos como ovos batidos, bacon, panquecas, cereais e pães com pasta de amendoim, acompanhados com café ou suco. Além dos sanduíches com fritas e refrigerante, os estadunidenses também apreciam carnes assadas, churrasco (o famoso barbecue) e pizza, e como sobremesa, são típicos os doces como brownies e cookies.

Alemanha: A culinária alemã é famosa no mundo inteiro pela grande variedade de salsichas. Invernos rigorosos fazem com que as refeições sejam substanciosas. Presuntos, carnes de porco e aves estão muito presentes nas mesas alemãs assim como batatas, cozidos e sopas. Outra característica predominante é a mistura de frutas aos pratos principais e como compotas para a sobremesa. É difícil pensar na Alemanha e não lembrar da grande variedade de cervejas e o quão elas estão inseridas no dia-a-dia dos alemães. Além de bebida consagrada, é ingrediente das receitas, como em ensopados e carnes defumadas. Como exemplos de pratos típicos, temos as salsichas, o chucrute, o eisbein (joelho de porco) e o apfelstrudel (torta de maçã).
Itália: Terra das dezenas de tipos de massas, sempre acompanhadas de um bom vinho, a Itália coleciona receitas extremamente difundidas do mundo inteiro. A tradição italiana de reunir a família e fazer das refeições grandes eventos, tornou comuns frases como cozinha da mamma, receita da nonna e “Mangia che te fa benne”. São pratos típicos macarrão, bruschetta, pizza, risoto e polpettone.
Portugal: O vasto litoral de Portugal influencia intensamente a sua gastronomia. A variedade de peixes e frutos do mar reina quase soberana nas receitas, como por exemplo, as lagostas, lagostins, polvo, lula, sibas, peixe-espada e, impossível não citar, o bacalhau, peixe símbolo deste país. Também as carnes de porco, boi, cordeiro e cabrito cumprem papel importante na cozinha portuguesa. Sopas, cozidos, assados e embutidos figuram entre os pratos principais. São famosos os doces feitos a base de ovos, como os Pastéis de Belém.
Espanha: Os mares que circundam este país fazem com que a culinária seja repleta de pratos com peixes e frutos do mar, sendo a Espanha o segundo maior consumidor de peixes do mundo (depois do Japão). Aves, porco, carneiro e cabra são outras carnes apreciadas pelos espanhóis. O ingrediente mais utilizado desta culinária é, sem dúvida, o azeite de oliva. Embutidos, sopas e ensopados de legumes figuram entre os pratos principais, assim como o arroz em vários tipos. Feijão, batata, ovos e tomate também estão presentes em muitas receitas e a pimenta é condimento certo. São pratos típicos da Espanha a paella, os tapas (tira-gostos), o gazpacho (sopa fria de tomate e pepino, com cebolas e pimentões) e a tortilla de patatas (espécie de omelete preparada com batatas).
Chile: A culinária chilena faz um grande uso de milho, sendo um dos pratos mais conhecidos o pastel de choclo (milho). Também as cazuelas (caçarolas) de carne ou de aves, e as parrillas são populares no Chile. A extensa costa marítima chilena permite que os pratos de peixe sejam ricos e variados. Integrada já na culinária internacional, a empanada chilena pode ser frita ou assada, recheada com carne e cebola ou com queijo e mariscos.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

pesquisa para os alunos da 6 e 7 series

O site Paises@ permite conhecer e comparar os países
neste site vc clica no pais e visualiza os dados gerais,
clique também no histórico pois tem material
para a pesquisa .
 
http://www.ibge.gov.br/paisesat/main.php
http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/povoamento/italianos
http://assisbrasil.org/imigra.html?CFID=1197422&CFTOKEN=54455173
http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/povoamento/

sábado, 4 de setembro de 2010

Imigração


Imigrantes a bordo, observando a cidade, momentos antes de desembarcar em Santos, SP, s/d
Acervo Museu da Imigração - SP
 
A vinda de imigrantes para o Brasil, ressalvada a presença dos portugueses - colonizadores do País - delineia-se a partir da abertura dos portos às "nações amigas" (1808) e da independência do País (1822). À margem dos deslocamentos populacionais voluntários, cabe lembrar que milhões de negros foram obrigados a cruzar o oceano Atlântico, ao longo dos séculos XVI a XIX, com destino ao Brasil, constituindo a mão-de-obra escrava.Os monarcas brasileiros trataram de atrair imigrantes para a região sul do País, oferecendo-lhes lotes de terra para que se estabelecessem como pequenos proprietários agrícolas. Vieram primeiro os alemães e, a partir de 1870, os italianos, duas etnias que se tornaram majoritárias nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Entretanto, a grande leva imigratória começou em meados de 1880, com características bem diversas das acima apontadas.
 A principal região de atração passou a ser o estado de São Paulo e os objetivos básicos da política imigratória mudaram. Já não se cogitava de atrair famílias que se convertessem em pequenos proprietários, mas de obter braços para a lavoura do café, em plena expansão em São Paulo. A opção pela imigração em massa foi a forma de se substituir o trabalhador negro escravo, diante da crise do sistema escravista e da abolição da escravatura (1888). Ao mesmo tempo, essa opção se inseria no quadro de um enorme deslocamento transoceânico de populações que ocorreu em toda a Europa, a partir de meados do século XIX, perdurando até o início da Primeira Guerra Mundial. A vaga imigratória foi impulsionada, de um lado, pelas transformações sócio-econômicas que estavam ocorrendo em alguns países da Europa e, de outro, pela maior facilidade dos transportes, advinda da generalização da navegação a vapor e do barateamento das passagens. A partir das primeiras levas, a imigração em cadeia, ou seja, a atração exercida por pessoas estabelecidas nas novas terras, chamando familiares ou amigos, desempenhou papel relevante. Nas Américas, pela ordem, os Estados Unidos, a Argentina e o Brasil foram os principais países receptores de imigrantes.
    No caso brasileiro, os dados indicam que em torno de 4,5 milhões de pessoas imigraram para o país entre 1882 e 1934. Destes, 2,3 milhões entraram no estado de São Paulo como passageiros de terceira classe, pelo porto de Santos, não estando, pois, aí incluídas entradas sob outra condição. É necessário ressalvar, porém, que, em certas épocas, foi grande o número de retornados. Em São Paulo, por exemplo, no período de crise cafeeira, (1903-1904), a migração líquida chegou a ser negativa. Um dos traços distintivos da imigração para São Paulo, até 1927, foi o fato de ter sido em muitos casos subsidiada, sobretudo nos primeiros tempos, ao contrário do que sucedeu nos Estados Unidos e, até certo ponto, na Argentina.
 O subsídio consistiu no fornecimento de passagem marítima para o grupo familiar e transporte para as fazendas e foi uma forma de atrair imigrantes pobres para um país cujo clima e condições sanitárias não eram atraentes. A partir dos anos 30, a imigração em massa cedeu terreno. A política nacionalista de alguns países europeus - caso típico da Itália após a ascensão de Mussolini - tendeu a colocar obstáculos à imigração para a América Latina.
    No Brasil, a demanda de força de trabalho, necessária para o desenvolvimento industrial, passou a ser suprida, cada vez mais, pelas migrações internas. Habitantes do Nordeste do País e do estado de Minas Gerais abandonaram suas regiões em busca do "el-Dorado paulista". Na década de 30, somente os japoneses, ligados à pequena propriedade agrícola, continuaram a vir em grande número para São Paulo. Em anos mais recentes, a imigração para o Brasil, qualitativamente, diversificou-se bastante. Novas etnias se juntaram às mais antigas, como é o caso da imigração de países vizinhos - Argentina, Uruguai, Chile, Bolívia etc. - tanto por razões profissionais como políticas.
    Coreanos passaram a compor a paisagem da cidade de São Paulo, multiplicando restaurantes e confecções. Após os primeiros anos de dificuldades extremas, que não foram muito diversas das que atravessaram em outros países, os imigrantes acabaram por se integrar à sociedade brasileira. Em sua grande maioria, ascenderam socialmente, mudando a paisagem sócio-econômica e cultural do Centro-sul do Brasil.
    No Sul, vincularam-se à produção do trigo, do vinho, e às atividades industriais; em São Paulo, impulsionaram o desenvolvimento industrial e o comércio. Nessas regiões, transformaram também a paisagem cultural, valorizando a ética do trabalho, introduzindo novos padrões alimentares e modificações na língua portuguesa, que ganhou palavras novas e um sotaque particular. Os imigrantes europeus, do Oriente Médio e asiáticos (portugueses, italianos, espanhóis, alemães, judeus, sírios e libaneses, japoneses) influenciaram a formação étnica do povo brasileiro, sobretudo na região Centro-sul e Sul do País. Tendo em conta as contribuições de índios e negros, disso resultou uma população etnicamente diversificada, cujos valores e percepções variam de um segmento a outro, no âmbito de uma nacionalidade comum.
 


 
 
Imigrante espanhol no comércio de ferro-velho em São Paulo, nos anos de 1950
Acervo Museu da Imigração - SP
  Os espanhóis começaram a imigrar para o Brasil em razão dos problemas no país de origem e das possibilidades de trabalho que, bem ou mal, lhes eram oferecidas. Muitos agricultores, proprietários de minifúndios, partiram da Galícia; outros vieram da Andaluzia, onde eram, principalmente, trabalhadores agrícolas.
 Nos primeiros tempos, ou seja, a partir da década de 80 do século XIX, os espanhóis foram encaminhados, sobretudo, para trabalhar nas fazendas de café no estado de São Paulo. Com relação aos demais grupos europeus, caracterizaram-se por serem os que, em maior grau, chegaram como grupo familiar e os que trouxeram crianças em maior proporção.
 Eles constituíram a terceira maior etnia que imigrou para o Brasil, após os portugueses e italianos, entre 1880 e 1972, representando cerca de 14% do total de imigrantes nesse período.
 Dentre os grandes grupos de imigrantes, os espanhóis foram os que mais se concentraram no estado de São Paulo. O censo de 1920, por exemplo, revelou que 78% dos espanhóis residiam neste estado. Embora a grande maioria dos espanhóis tenha se fixado, a princípio, no campo, onde ganharam posições como pequenos e médios proprietários, a presença urbana da etnia não é desprezível. Em seus primeiros tempos, os espanhóis vincularam-se ao comércio de metais usados - o chamado "ferro velho" - e ao setor de restaurantes, diversificando, posteriormente, suas atividades.
 
Família de imigrantes italianos no Núcleo Colonial Jorge Tibiriçá, em Rio Claro, interior de São Paulo, em 1911
Acervo Museu da Imigração - SP
 
Os italianos começaram a imigrar em número significativo para o Brasil a partir da década de 70 do século XIX. Foram impulsionados pelas transformações sócio-econômicas em curso no Norte da península italiana, que afetaram sobretudo a propriedade da terra.
  Até a virada do século, italianos dessa região predominaram na corrente imigratória. A partir daí, os italianos do Centro-sul ou do Sul se tornaram dominantes. Um aspecto peculiar à imigração em massa italiana é que ela começou a ocorrer pouco após a unificação da Itália (1871), razão pela qual uma identidade nacional desses imigrantes se forjou, em grande medida, no Brasil.
 As grandes áreas de atração de imigrantes italianos para o Brasil foram os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Considerando o período 1884-1972, verificamos que quase 70% dos italianos ingressaram no País pelo estado de São Paulo.
 As condições de estabelecimento dos italianos foram bastante diversas. A imigração sulina praticamente não foi subsidiada e os recém-chegados instalaram-se como proprietários rurais ou urbanos. Em São Paulo, foram a princípio atraídos para trabalhar nas fazendas de café, através do esquema da imigração subsidiada. Nas cidades paulistas, trabalharam em uma série de atividades, em especial como operários da construção e da indústria têxtil.
  Os imigrantes italianos influenciaram fortemente os hábitos alimentares nas regiões em que se fixaram e deram uma importante contribuição à industrialização gaúcha e paulista. A maioria dos primeiros grandes industriais de São Paulo - os Matarazzo, os Crespi - constituíram o grupo dos chamados "condes italianos", cuja proeminência só foi ultrapassada com o correr dos anos.
 
 
 
Crianças imigrantes japonesas no Núcleo Colonial Barão de Antonina, em Itaporanga, SP, 1933
Acervo Museu da Imigração - SP
 
A primeira leva de japoneses chegou ao Brasil em 1908, através de um esquema de imigração subsidiada. Houve oposição inicial à imigração dessa etnia, que acabou sendo aceita como uma alternativa as dificuldades impostas pelo governo italiano à imigração subsidiada de italianos para o Brasil. Os japoneses concentraram-se no estado de São Paulo, correspondendo a 92,5% o número de japoneses que entrou nesse estado, entre 1909 e 1972. O fluxo imigratório de japoneses ganhou relevo no período posterior a 1930, quando a imigração de italianos e de espanhóis se reduziu consideravelmente. Entre 1932 e 1935, cerca de 30% dos imigrantes que ingressaram no Brasil eram de nacionalidade japonesa.
Os japoneses foram destinados inicialmente as fazendas de café, mas gradativamente tornaram-se pequenos e médios proprietários rurais. Dentre todos os grupos imigrantes foram os que se concentraram por período mais longo nas atividades rurais, em que se destacaram pela diversificação da produção dos hortifrutigranjeiros. Em anos recentes, houve forte migração de descendentes de japoneses para os centros urbanos, onde passaram a ocupar posições importantes nas várias atividades componentes da área de serviços
 
 
 
Família imigrante de origem judaica em São Paulo, na década de 1920
                               Acervo Museu da Imigração - SP
A chegada de populações judaicas ao Brasil torna-se gradativamente significativa a partir de meados dos anos 20, no século XX. A vinda de israelitas para o País insere-se tardiamente no influxo da imigração em massa e ganha relevo maior nos anos 30, em decorrência das perseguições nazistas.
Entre 1936 e 1942, mais de 14 mil pessoas ingressaram no País. Embora esse número pareça reduzido, convém lembrar que ele representa 12,1% da imigração total naqueles anos. As populações judaicas entraram em sua grande maioria pelos portos do Rio de Janeiro e de São Paulo. A princípio, vieram sobretudo judeus da Europa Central - os chamados russos - e, a seguir, os alemães, após a ascensão do nazismo. Os judeus fixaram-se nas cidades, localizando-se, no início, em bairros étnicos, como é o caso do Bom Retiro, em São Paulo. A primeira geração concentrou-se nas atividades comerciais. Seus filhos e netos diversificaram suas iniciativas, tornando-se industriais, profissionais liberais etc.
 
 
Família de imigrantes portugueses em foto para o passaporte, Portugal, 1922
                                    Acervo Museu da Imigração - SP
  Como "descobridores" do Brasil, vieram para a colônia desde seus primeiros tempos de existência. Mesmo considerando-se apenas o período posterior à Independência (1822), os portugueses representam a etnia imigrante mais numerosa. Foram atraídos pelas dificuldades econômicas no país de origem e pelas afinidades lingüísticas. Lembremos, porém, que, considerado apenas o período 1877-1972, o fluxo de ingresso de portugueses e italianos se assemelhou, correspondendo respectivamente a algo em torno de 31% do total de entradas.
 Dedicaram-se tanto a atividades rurais como urbanas e, mais do que qualquer outra etnia, espalharam-se por várias regiões do Brasil.
    O Rio de Janeiro constitui o maior centro urbano concentrador de portugueses e seus descendentes. Controlaram, no passado, desde o comércio a varejo de alimentos até os grandes jornais. Durante o período que vai da Independência do Brasil a fins do século XIX, os portugueses foram alvo de críticas preconceituosas por parte dos nacionais, sobretudo no Rio de Janeiro.
 Essas críticas resultaram de ressentimentos para com os colonizadores e ganharam amplitude pela atividade exercida pelos portugueses na capital do País. Como estes controlavam aí a venda de gêneros alimentícios, tornaram-se muitas vezes bode expiatório para os problemas da população, decorrentes da elevação de preços.
 
 
 
Família libanesa em São Paulo, s/d
Acervo Museu da Imigração - SP
 
Sírios e libaneses começaram a imigrar para o Brasil em fins do século XIX, fugindo as dificuldades econômicas em suas regiões de origem. Concentraram-se, principalmente, no estado de São Paulo, mas uma parcela deles fixou-se no Norte do país, nos estados do Pará, Amazonas e o então Território do Acre, caracterizados por um baixo fluxo imigratório. Por toda parte, sírios e libaneses se dedicaram as atividades comerciais, tendo um papel relevante no comércio da borracha, durante o auge do período de produção e exportação desse produto (1890-1910), nos estados do Norte.
Em São Paulo e em menor escala no Rio de Janeiro, sírios e libaneses dedicaram-se ao comércio, a princípio como mascates, percorrendo com suas mercadorias as ruas dos grandes centros urbanos, as fazendas e pequenas cidades do interior. Gradativamente, abriram estabelecimentos comerciais, tornaram-se industriais, escalando os degraus da mobilidade social.
Os descendentes dessa etnia diversificaram suas atividades, sendo notável sua concentração na medicina e sua presença nas atividades políticas.
 
Texto do Professor Boris Fausto. Fonte: site do Ministério das Relações Exteriores.
Doutor e livre-docente pela Universidade de São Paulo (USP), onde se formou em Direito (1953) e em História (1967), Boris Fausto é professor do Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Entre seus principais trabalhos incluem-se: A Revolução de 1930. Historiografia e História (São Paulo, Brasiliense, 1970), Trabalho Urbano e Conflito Social (São Paulo, Difel, 1975), Crime e Quotidiano. A Criminalidade em São Paulo, 1880-1924 (São Paulo, Brasiliense, 1984), Historiografia da Imigração para São Paulo (São Paulo, Sumaré/Idesp, 1991) e História do Brasil (São Paulo, Edusp, 1994). Editou quatro volumes da História Geral da Civilização Brasileira (Rio de Janeiro, Bertrand Brasil), referentes ao período republicano.
 
  Alemães  
 
Família de imigrantes alemães no Núcleo Colonial Nova Europa, em Ibitinga, SP, 1941
Acervo Museu da Imigração - SP
 
Os primeiros imigrantes alemães chegaram ao Brasil logo após a Independência, dentro de um programa de colonização idealizado pelo governo brasileiro, que visava o desenvolvimento da agricultura e a ocupação do território no Sul do País. A primeira colônia alemã foi fundada em 1824, com o nome de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, numa área de terras públicas do Vale do Rio dos Sinos. As tentativas anteriores de estabelecimento de colônias com alemães na região Nordeste fracassaram, e a data de 1824 marca o início da corrente imigratória proveniente de diversos estados alemães. Ao longo de mais de 100 anos entraram no Brasil aproximadamente 250 mil imigrantes - num fluxo anual pequeno, mas contínuo, que teve seu momento de maior intensidade em 1920, no auge da crise econômica-social da República de Weimar.
Durante quase todo o período de duração do fluxo imigratório (entre 1824 e 1937), a imigração alemã se caracterizou pela participação contínua no processo de colonização em frentes pioneiras - compartilhada por outros imigrantes europeus, sobretudo italianos - que resultou na formação de um campesinato de pequenos proprietários. Neste processo, os alemães e seus descendentes ajudaram a ocupar as terras públicas dos três estados do Sul através da fundação de inúmeras colônias, concentradas na região Noroeste de Santa Catarina, no planalto setentrional do Rio Grande do Sul até o rio Uruguai, no planalto paranaense e em alguns vales de rios, como o Sinos, Jacuí, Taquari e Caí, no Rio Grande do Sul, e Itajaí, em Santa Catarina.
Entre as colônias mais conhecidas estão aquelas que passaram por um processo de desenvolvimento econômico com a industrialização - caso de Blumenau, Joinville e Brusque, em Santa Catarina, e São Leopoldo, Novo Hamburgo e Ijuí, no Rio Grande do Sul - para citar alguns exemplos. Houve ainda estabelecimento de alemães em algumas colônias do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo - todas pouco expressivas. Por outro lado, uma parte dos imigrantes - sobretudo após a Primeira Guerra Mundial - se estabeleceu em cidades maiores como Porto Alegre, Curitiba e São Paulo.
A concentração em algumas regiões do Sul, além da manutenção da língua e de outras características da cultura original e da presença marcante de uma imprensa, escola e associações germanizadas, criou condições para o surgimento de uma etnicidade teuto-brasileira, cuja marca é o pertencimento primordial a um grupo étnico demarcado pela origem alemã. Disto resultou uma longa história de atritos com a sociedade brasileira, que culminou com a campanha de nacionalização durante o Estado Novo (1937-1945) - uma tentativa de acelerar o processo assimilacionista. Os ideais primordiais de pertencimento étnico, embora atenuados, não desapareceram após a Segunda Guerra Mundial e podem ainda hoje ser percebidos nas principais regiões de colonização alemã.
 
Texto de Giralda Seyferth: Fonte: Site do Ministério das Relações Exteriores
Mestre em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Giralda Seyferth é doutora em Ciências Humanas pela Universidade de São Paulo e professora do Departamento de Antropologia do Museu Nacional - UFRJ. Entre suas principais publicações estão os livros A Colonização Alemã no Vale do Itajaí-Mirim (Porto Alegre, Editora Movimento, 1974), Nacionalismo e Identidade Étnica (Florianópolis, Fundação Catarinense de Cultura, 1982) e Imigração e Cultura no Brasil (Brasília, Editora da Universidade de Brasília, 1990), além de numerosos artigos em revistas especializadas.