Argentina: Nossos “hermanos” argentinos têm como prato
mais conhecido seu churrasco, chamado de parrilla. Nele, aparecem cortes
de carne como o bife de chorizo e vacío. As carnes geralmente são
acompanhadas de carnes e saladas. Outro prato típico é o matambre, uma
espécie de rocambole de carne recheado com pimentas, ovos e vegetais que
pode ser servido frio ou quente. A sobremesa mais famosa é o alfajor,
doce geralmente com doce de leite e envolvido por chocolate branco ou ao
leite. O mate é a bebida mais típica, e os vinhos argentinos também tem
seu prestígio
Estados Unidos: Ao pensar em culinária americana,
diretamente associamos a fast food e comidas pesadas. Não é para menos,
afinal, já no café da manhã, são comuns alimentos como ovos batidos,
bacon, panquecas, cereais e pães com pasta de amendoim, acompanhados com
café ou suco. Além dos sanduíches com fritas e refrigerante, os
estadunidenses também apreciam carnes assadas, churrasco (o famoso
barbecue) e pizza, e como sobremesa, são típicos os doces como brownies e
cookies.
Alemanha: A culinária alemã é famosa no mundo inteiro
pela grande variedade de salsichas. Invernos rigorosos fazem com que as
refeições sejam substanciosas. Presuntos, carnes de porco e aves estão
muito presentes nas mesas alemãs assim como batatas, cozidos e sopas.
Outra característica predominante é a mistura de frutas aos pratos
principais e como compotas para a sobremesa. É difícil pensar na
Alemanha e não lembrar da grande variedade de cervejas e o quão elas
estão inseridas no dia-a-dia dos alemães. Além de bebida consagrada, é
ingrediente das receitas, como em ensopados e carnes defumadas. Como
exemplos de pratos típicos, temos as salsichas, o chucrute, o eisbein
(joelho de porco) e o apfelstrudel (torta de maçã).
Itália: Terra das dezenas de tipos de massas, sempre
acompanhadas de um bom vinho, a Itália coleciona receitas extremamente
difundidas do mundo inteiro. A tradição italiana de reunir a família e
fazer das refeições grandes eventos, tornou comuns frases como cozinha
da mamma, receita da nonna e “Mangia che te fa benne”. São pratos
típicos macarrão, bruschetta, pizza, risoto e polpettone.
Portugal: O vasto litoral de Portugal influencia
intensamente a sua gastronomia. A variedade de peixes e frutos do mar
reina quase soberana nas receitas, como por exemplo, as lagostas,
lagostins, polvo, lula, sibas, peixe-espada e, impossível não citar, o
bacalhau, peixe símbolo deste país. Também as carnes de porco, boi,
cordeiro e cabrito cumprem papel importante na cozinha portuguesa.
Sopas, cozidos, assados e embutidos figuram entre os pratos principais.
São famosos os doces feitos a base de ovos, como os Pastéis de Belém.
Espanha: Os mares que circundam este país fazem com que
a culinária seja repleta de pratos com peixes e frutos do mar, sendo a
Espanha o segundo maior consumidor de peixes do mundo (depois do Japão).
Aves, porco, carneiro e cabra são outras carnes apreciadas pelos
espanhóis. O ingrediente mais utilizado desta culinária é, sem dúvida, o
azeite de oliva. Embutidos, sopas e ensopados de legumes figuram entre
os pratos principais, assim como o arroz em vários tipos. Feijão,
batata, ovos e tomate também estão presentes em muitas receitas e a
pimenta é condimento certo. São pratos típicos da Espanha a paella, os
tapas (tira-gostos), o gazpacho (sopa fria de tomate e pepino, com
cebolas e pimentões) e a tortilla de patatas (espécie de omelete
preparada com batatas).
Chile: A culinária chilena faz um grande uso de milho,
sendo um dos pratos mais conhecidos o pastel de choclo (milho). Também
as cazuelas (caçarolas) de carne ou de aves, e as parrillas são
populares no Chile. A extensa costa marítima chilena permite que os
pratos de peixe sejam ricos e variados. Integrada já na culinária
internacional, a empanada chilena pode ser frita ou assada, recheada com
carne e cebola ou com queijo e mariscos.
FAZENDO DA EXPERIÊNCIA DIÁRIA UM NORTE NA MINHA CAMINHADA... APRENDENDO A TER PACIÊNCIA, REPARTIR, REVER, SONHAR, GUIAR, CONHECENDO CORAÇÕES, FRUSTAÇÕES, MIL COISAS QUE FAZEM DE NÓS HOJE MELHOR DO QUE ONTEM... TUDO PARA MEU CRESCIMENTO, PELAS VIVÊNCIAS DIÁRIAS DE CADA DIA EU APRENDER A SER MAIS "HUMANO...."
sábado, 11 de setembro de 2010
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
pesquisa para os alunos da 6 e 7 series
O site Paises@ permite conhecer e comparar os países
neste site vc clica no pais e visualiza os dados gerais,
clique também no histórico pois tem material
para a pesquisa .
http://www.ibge.gov.br/paisesat/main.php
http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/povoamento/italianos
http://assisbrasil.org/imigra.html?CFID=1197422&CFTOKEN=54455173
http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/povoamento/
neste site vc clica no pais e visualiza os dados gerais,
clique também no histórico pois tem material
para a pesquisa .
http://www.ibge.gov.br/paisesat/main.php
http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/povoamento/italianos
http://assisbrasil.org/imigra.html?CFID=1197422&CFTOKEN=54455173
http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/povoamento/
sábado, 4 de setembro de 2010
Imigração
Imigrantes
a bordo,
observando
a cidade,
momentos
antes de
desembarcar
em Santos,
SP,
s/d
Acervo
Museu da
Imigração
-
SP
A vinda de
imigrantes
para o
Brasil,
ressalvada
a presença
dos
portugueses
-
colonizadores
do País -
delineia-se
a partir
da
abertura
dos portos
às "nações
amigas"
(1808) e
da
independência
do País
(1822). À
margem dos
deslocamentos
populacionais
voluntários,
cabe
lembrar
que
milhões de
negros
foram
obrigados
a cruzar o
oceano
Atlântico,
ao longo
dos
séculos
XVI a XIX,
com
destino ao
Brasil,
constituindo
a
mão-de-obra
escrava.Os
monarcas
brasileiros
trataram
de atrair
imigrantes
para a
região sul
do País,
oferecendo-lhes
lotes de
terra para
que se
estabelecessem
como
pequenos
proprietários
agrícolas.
Vieram
primeiro
os alemães
e, a
partir de
1870, os
italianos,
duas
etnias que
se
tornaram
majoritárias
nos
estados de
Santa
Catarina e
Rio Grande
do Sul.
Entretanto,
a grande
leva
imigratória
começou em
meados de
1880, com
características
bem
diversas
das acima
apontadas.
A
principal
região de
atração
passou a
ser o
estado de
São Paulo
e os
objetivos
básicos da
política
imigratória
mudaram.
Já não se
cogitava
de atrair
famílias
que se
convertessem
em
pequenos
proprietários,
mas de
obter
braços
para a
lavoura do
café, em
plena
expansão
em São
Paulo. A
opção pela
imigração
em massa
foi a
forma de
se
substituir
o
trabalhador
negro
escravo,
diante da
crise do
sistema
escravista
e da
abolição
da
escravatura
(1888). Ao
mesmo
tempo,
essa opção
se inseria
no quadro
de um
enorme
deslocamento
transoceânico
de
populações
que
ocorreu em
toda a
Europa, a
partir de
meados do
século
XIX,
perdurando
até o
início da
Primeira
Guerra
Mundial. A
vaga
imigratória
foi
impulsionada,
de um
lado,
pelas
transformações
sócio-econômicas
que
estavam
ocorrendo
em alguns
países da
Europa e,
de outro,
pela maior
facilidade
dos
transportes,
advinda da
generalização
da
navegação
a vapor e
do
barateamento
das
passagens.
A partir
das
primeiras
levas, a
imigração
em cadeia,
ou seja, a
atração
exercida
por
pessoas
estabelecidas
nas novas
terras,
chamando
familiares
ou amigos,
desempenhou
papel
relevante.
Nas
Américas,
pela
ordem, os
Estados
Unidos, a
Argentina
e o Brasil
foram os
principais
países
receptores
de
imigrantes.
No caso
brasileiro,
os dados
indicam
que em
torno de
4,5
milhões de
pessoas
imigraram
para o
país entre
1882 e
1934.
Destes,
2,3
milhões
entraram
no estado
de São
Paulo como
passageiros
de
terceira
classe,
pelo porto
de Santos,
não
estando,
pois, aí
incluídas
entradas
sob outra
condição.
É
necessário
ressalvar,
porém,
que, em
certas
épocas,
foi grande
o número
de
retornados.
Em São
Paulo, por
exemplo,
no período
de crise
cafeeira,
(1903-1904),
a migração
líquida
chegou a
ser
negativa.
Um dos
traços
distintivos
da
imigração
para São
Paulo, até
1927, foi
o fato de
ter sido
em muitos
casos
subsidiada,
sobretudo
nos
primeiros
tempos, ao
contrário
do que
sucedeu
nos
Estados
Unidos e,
até certo
ponto, na
Argentina.
O
subsídio
consistiu
no
fornecimento
de
passagem
marítima
para o
grupo
familiar e
transporte
para as
fazendas e
foi uma
forma de
atrair
imigrantes
pobres
para um
país cujo
clima e
condições
sanitárias
não eram
atraentes.
A partir
dos anos
30, a
imigração
em massa
cedeu
terreno. A
política
nacionalista
de alguns
países
europeus -
caso
típico da
Itália
após a
ascensão
de
Mussolini
- tendeu a
colocar
obstáculos
à
imigração
para a
América
Latina.
No Brasil,
a demanda
de força
de
trabalho,
necessária
para o
desenvolvimento
industrial,
passou a
ser
suprida,
cada vez
mais,
pelas
migrações
internas.
Habitantes
do
Nordeste
do País e
do estado
de Minas
Gerais
abandonaram
suas
regiões em
busca do
"el-Dorado
paulista".
Na década
de 30,
somente os
japoneses,
ligados à
pequena
propriedade
agrícola,
continuaram
a vir em
grande
número
para São
Paulo. Em
anos mais
recentes,
a
imigração
para o
Brasil,
qualitativamente,
diversificou-se
bastante.
Novas
etnias se
juntaram
às mais
antigas,
como é o
caso da
imigração
de países
vizinhos -
Argentina,
Uruguai,
Chile,
Bolívia
etc. -
tanto por
razões
profissionais
como
políticas.
Coreanos
passaram a
compor a
paisagem
da cidade
de São
Paulo,
multiplicando
restaurantes
e
confecções.
Após os
primeiros
anos de
dificuldades
extremas,
que não
foram
muito
diversas
das que
atravessaram
em outros
países, os
imigrantes
acabaram
por se
integrar à
sociedade
brasileira.
Em sua
grande
maioria,
ascenderam
socialmente,
mudando a
paisagem
sócio-econômica
e cultural
do
Centro-sul
do
Brasil.
No Sul,
vincularam-se
à produção
do trigo,
do vinho,
e às
atividades
industriais;
em São
Paulo,
impulsionaram
o
desenvolvimento
industrial
e o
comércio.
Nessas
regiões,
transformaram
também a
paisagem
cultural,
valorizando
a ética do
trabalho,
introduzindo
novos
padrões
alimentares
e
modificações
na língua
portuguesa,
que ganhou
palavras
novas e um
sotaque
particular.
Os
imigrantes
europeus,
do Oriente
Médio e
asiáticos
(portugueses,
italianos,
espanhóis,
alemães,
judeus,
sírios e
libaneses,
japoneses)
influenciaram
a formação
étnica do
povo
brasileiro,
sobretudo
na região
Centro-sul
e Sul do
País.
Tendo em
conta as
contribuições
de índios
e negros,
disso
resultou
uma
população
etnicamente
diversificada,
cujos
valores e
percepções
variam de
um
segmento a
outro, no
âmbito de
uma
nacionalidade
comum.

Imigrante
espanhol
no
comércio
de
ferro-velho
em São
Paulo, nos
anos de
1950
Acervo
Museu da
Imigração
-
SP
Os
espanhóis
começaram
a imigrar
para o
Brasil em
razão dos
problemas
no país de
origem e
das
possibilidades
de
trabalho
que, bem
ou mal,
lhes eram
oferecidas.
Muitos
agricultores,
proprietários
de
minifúndios,
partiram
da
Galícia;
outros
vieram da
Andaluzia,
onde eram,
principalmente,
trabalhadores
agrícolas.
Nos
primeiros
tempos, ou
seja, a
partir da
década de
80 do
século
XIX, os
espanhóis
foram
encaminhados,
sobretudo,
para
trabalhar
nas
fazendas
de café no
estado de
São Paulo.
Com
relação
aos demais
grupos
europeus,
caracterizaram-se
por serem
os que, em
maior
grau,
chegaram
como grupo
familiar e
os que
trouxeram
crianças
em maior
proporção.
Eles
constituíram
a terceira
maior
etnia que
imigrou
para o
Brasil,
após os
portugueses
e
italianos,
entre 1880
e 1972,
representando
cerca de
14% do
total de
imigrantes
nesse
período.
Dentre
os grandes
grupos de
imigrantes,
os
espanhóis
foram os
que mais
se
concentraram
no estado
de São
Paulo. O
censo de
1920, por
exemplo,
revelou
que 78%
dos
espanhóis
residiam
neste
estado.
Embora a
grande
maioria
dos
espanhóis
tenha se
fixado, a
princípio,
no campo,
onde
ganharam
posições
como
pequenos e
médios
proprietários,
a presença
urbana da
etnia não
é
desprezível.
Em seus
primeiros
tempos, os
espanhóis
vincularam-se
ao
comércio
de metais
usados - o
chamado
"ferro
velho" - e
ao setor
de
restaurantes,
diversificando,
posteriormente,
suas
atividades.

Família de
imigrantes
italianos
no Núcleo
Colonial
Jorge
Tibiriçá,
em Rio
Claro,
interior
de São
Paulo, em
1911
Acervo
Museu da
Imigração
-
SP
Os
italianos
começaram
a imigrar
em número
significativo
para o
Brasil a
partir da
década de
70 do
século
XIX. Foram
impulsionados
pelas
transformações
sócio-econômicas
em curso
no Norte
da
península
italiana,
que
afetaram
sobretudo
a
propriedade
da
terra.
Até a
virada do
século,
italianos
dessa
região
predominaram
na
corrente
imigratória.
A partir
daí, os
italianos
do
Centro-sul
ou do Sul
se
tornaram
dominantes.
Um aspecto
peculiar à
imigração
em massa
italiana é
que ela
começou a
ocorrer
pouco após
a
unificação
da Itália
(1871),
razão pela
qual uma
identidade
nacional
desses
imigrantes
se forjou,
em grande
medida, no
Brasil.
As
grandes
áreas de
atração de
imigrantes
italianos
para o
Brasil
foram os
estados de
São Paulo,
Rio Grande
do Sul e
Minas
Gerais.
Considerando
o período
1884-1972,
verificamos
que quase
70% dos
italianos
ingressaram
no País
pelo
estado de
São
Paulo.
As
condições
de
estabelecimento
dos
italianos
foram
bastante
diversas.
A
imigração
sulina
praticamente
não foi
subsidiada
e os
recém-chegados
instalaram-se
como
proprietários
rurais ou
urbanos.
Em São
Paulo,
foram a
princípio
atraídos
para
trabalhar
nas
fazendas
de café,
através do
esquema da
imigração
subsidiada.
Nas
cidades
paulistas,
trabalharam
em uma
série de
atividades,
em
especial
como
operários
da
construção
e da
indústria
têxtil.
Os
imigrantes
italianos
influenciaram
fortemente
os hábitos
alimentares
nas
regiões em
que se
fixaram e
deram uma
importante
contribuição
à
industrialização
gaúcha e
paulista.
A maioria
dos
primeiros
grandes
industriais
de São
Paulo - os
Matarazzo,
os Crespi
-
constituíram
o grupo
dos
chamados
"condes
italianos",
cuja
proeminência
só foi
ultrapassada
com o
correr dos
anos.

Crianças
imigrantes
japonesas
no Núcleo
Colonial
Barão de
Antonina,
em
Itaporanga,
SP,
1933
Acervo
Museu da
Imigração
-
SP
A primeira
leva de
japoneses
chegou ao
Brasil em
1908,
através de
um esquema
de
imigração
subsidiada.
Houve
oposição
inicial à
imigração
dessa
etnia, que
acabou
sendo
aceita
como uma
alternativa
as
dificuldades
impostas
pelo
governo
italiano à
imigração
subsidiada
de
italianos
para o
Brasil. Os
japoneses
concentraram-se
no estado
de São
Paulo,
correspondendo
a 92,5% o
número de
japoneses
que entrou
nesse
estado,
entre 1909
e 1972. O
fluxo
imigratório
de
japoneses
ganhou
relevo no
período
posterior
a 1930,
quando a
imigração
de
italianos
e de
espanhóis
se reduziu
consideravelmente.
Entre 1932
e 1935,
cerca de
30% dos
imigrantes
que
ingressaram
no Brasil
eram de
nacionalidade
japonesa.
Os
japoneses
foram
destinados
inicialmente
as
fazendas
de café,
mas
gradativamente
tornaram-se
pequenos e
médios
proprietários
rurais.
Dentre
todos os
grupos
imigrantes
foram os
que se
concentraram
por
período
mais longo
nas
atividades
rurais, em
que se
destacaram
pela
diversificação
da
produção
dos
hortifrutigranjeiros.
Em anos
recentes,
houve
forte
migração
de
descendentes
de
japoneses
para os
centros
urbanos,
onde
passaram a
ocupar
posições
importantes
nas várias
atividades
componentes
da área de
serviços

Família
imigrante
de origem
judaica em
São Paulo,
na década
de
1920
Acervo Museu da Imigração - SP
A chegada
de
populações
judaicas
ao Brasil
torna-se
gradativamente
significativa
a partir
de meados
dos anos
20, no
século XX.
A vinda de
israelitas
para o
País
insere-se
tardiamente
no influxo
da
imigração
em massa e
ganha
relevo
maior nos
anos 30,
em
decorrência
das
perseguições
nazistas.
Entre 1936
e 1942,
mais de 14
mil
pessoas
ingressaram
no País.
Embora
esse
número
pareça
reduzido,
convém
lembrar
que ele
representa
12,1% da
imigração
total
naqueles
anos. As
populações
judaicas
entraram
em sua
grande
maioria
pelos
portos do
Rio de
Janeiro e
de São
Paulo. A
princípio,
vieram
sobretudo
judeus da
Europa
Central -
os
chamados
russos -
e, a
seguir, os
alemães,
após a
ascensão
do
nazismo.
Os judeus
fixaram-se
nas
cidades,
localizando-se,
no início,
em bairros
étnicos,
como é o
caso do
Bom
Retiro, em
São Paulo.
A primeira
geração
concentrou-se
nas
atividades
comerciais.
Seus
filhos e
netos
diversificaram
suas
iniciativas,
tornando-se
industriais,
profissionais
liberais
etc.

Família de
imigrantes
portugueses
em foto
para o
passaporte,
Portugal,
1922
Acervo Museu da Imigração - SP
Como
"descobridores"
do Brasil,
vieram
para a
colônia
desde seus
primeiros
tempos de
existência.
Mesmo
considerando-se
apenas o
período
posterior
à
Independência
(1822), os
portugueses
representam
a etnia
imigrante
mais
numerosa.
Foram
atraídos
pelas
dificuldades
econômicas
no país de
origem e
pelas
afinidades
lingüísticas.
Lembremos,
porém,
que,
considerado
apenas o
período
1877-1972,
o fluxo de
ingresso
de
portugueses
e
italianos
se
assemelhou,
correspondendo
respectivamente
a algo em
torno de
31% do
total de
entradas.
Dedicaram-se
tanto a
atividades
rurais
como
urbanas e,
mais do
que
qualquer
outra
etnia,
espalharam-se
por várias
regiões do
Brasil.
O Rio de
Janeiro
constitui
o maior
centro
urbano
concentrador
de
portugueses
e seus
descendentes.
Controlaram,
no
passado,
desde o
comércio a
varejo de
alimentos
até os
grandes
jornais.
Durante o
período
que vai da
Independência
do Brasil
a fins do
século
XIX, os
portugueses
foram alvo
de
críticas
preconceituosas
por parte
dos
nacionais,
sobretudo
no Rio de
Janeiro.
Essas
críticas
resultaram
de
ressentimentos
para com
os
colonizadores
e ganharam
amplitude
pela
atividade
exercida
pelos
portugueses
na capital
do País.
Como estes
controlavam
aí a venda
de gêneros
alimentícios,
tornaram-se
muitas
vezes bode
expiatório
para os
problemas
da
população,
decorrentes
da
elevação
de
preços.

Família
libanesa
em São
Paulo,
s/d
Acervo
Museu da
Imigração
-
SP
Sírios e
libaneses
começaram
a imigrar
para o
Brasil em
fins do
século
XIX,
fugindo as
dificuldades
econômicas
em suas
regiões de
origem.
Concentraram-se,
principalmente,
no estado
de São
Paulo, mas
uma
parcela
deles
fixou-se
no Norte
do país,
nos
estados do
Pará,
Amazonas e
o então
Território
do Acre,
caracterizados
por um
baixo
fluxo
imigratório.
Por toda
parte,
sírios e
libaneses
se
dedicaram
as
atividades
comerciais,
tendo um
papel
relevante
no
comércio
da
borracha,
durante o
auge do
período de
produção e
exportação
desse
produto
(1890-1910),
nos
estados do
Norte.
Em São
Paulo e em
menor
escala no
Rio de
Janeiro,
sírios e
libaneses
dedicaram-se
ao
comércio,
a
princípio
como
mascates,
percorrendo
com suas
mercadorias
as ruas
dos
grandes
centros
urbanos,
as
fazendas e
pequenas
cidades do
interior.
Gradativamente,
abriram
estabelecimentos
comerciais,
tornaram-se
industriais,
escalando
os degraus
da
mobilidade
social.
Os
descendentes
dessa
etnia
diversificaram
suas
atividades,
sendo
notável
sua
concentração
na
medicina e
sua
presença
nas
atividades
políticas.
Texto do
Professor
Boris
Fausto.
Fonte:
site do
Ministério
das
Relações
Exteriores.
Doutor e
livre-docente
pela
Universidade
de São
Paulo
(USP),
onde se
formou em
Direito
(1953) e
em
História
(1967),
Boris
Fausto é
professor
do
Departamento
de Ciência
Política
da
Faculdade
de
Filosofia,
Letras e
Ciências
Humanas da
USP. Entre
seus
principais
trabalhos
incluem-se:
A
Revolução
de 1930.
Historiografia
e História
(São
Paulo,
Brasiliense,
1970),
Trabalho
Urbano e
Conflito
Social
(São
Paulo,
Difel,
1975),
Crime e
Quotidiano.
A
Criminalidade
em São
Paulo,
1880-1924
(São
Paulo,
Brasiliense,
1984),
Historiografia
da
Imigração
para São
Paulo (São
Paulo,
Sumaré/Idesp,
1991) e
História
do Brasil
(São
Paulo,
Edusp,
1994).
Editou
quatro
volumes da
História
Geral da
Civilização
Brasileira
(Rio de
Janeiro,
Bertrand
Brasil),
referentes
ao período
republicano.

Família de
imigrantes
alemães no
Núcleo
Colonial
Nova
Europa, em
Ibitinga,
SP,
1941
Acervo
Museu da
Imigração
-
SP
Os
primeiros
imigrantes
alemães
chegaram
ao Brasil
logo após
a
Independência,
dentro de
um
programa
de
colonização
idealizado
pelo
governo
brasileiro,
que visava
o
desenvolvimento
da
agricultura
e a
ocupação
do
território
no Sul do
País. A
primeira
colônia
alemã foi
fundada em
1824, com
o nome de
São
Leopoldo,
no Rio
Grande do
Sul, numa
área de
terras
públicas
do Vale do
Rio dos
Sinos. As
tentativas
anteriores
de
estabelecimento
de
colônias
com
alemães na
região
Nordeste
fracassaram,
e a data
de 1824
marca o
início da
corrente
imigratória
proveniente
de
diversos
estados
alemães.
Ao longo
de mais de
100 anos
entraram
no Brasil
aproximadamente
250 mil
imigrantes
- num
fluxo
anual
pequeno,
mas
contínuo,
que teve
seu
momento de
maior
intensidade
em 1920,
no auge da
crise
econômica-social
da
República
de
Weimar.
Durante
quase todo
o período
de duração
do fluxo
imigratório
(entre
1824 e
1937), a
imigração
alemã se
caracterizou
pela
participação
contínua
no
processo
de
colonização
em frentes
pioneiras
-
compartilhada
por outros
imigrantes
europeus,
sobretudo
italianos
- que
resultou
na
formação
de um
campesinato
de
pequenos
proprietários.
Neste
processo,
os alemães
e seus
descendentes
ajudaram a
ocupar as
terras
públicas
dos três
estados do
Sul
através da
fundação
de
inúmeras
colônias,
concentradas
na região
Noroeste
de Santa
Catarina,
no
planalto
setentrional
do Rio
Grande do
Sul até o
rio
Uruguai,
no
planalto
paranaense
e em
alguns
vales de
rios, como
o Sinos,
Jacuí,
Taquari e
Caí, no
Rio Grande
do Sul, e
Itajaí, em
Santa
Catarina.
Entre as
colônias
mais
conhecidas
estão
aquelas
que
passaram
por um
processo
de
desenvolvimento
econômico
com a
industrialização
- caso de
Blumenau,
Joinville
e Brusque,
em Santa
Catarina,
e São
Leopoldo,
Novo
Hamburgo e
Ijuí, no
Rio Grande
do Sul -
para citar
alguns
exemplos.
Houve
ainda
estabelecimento
de alemães
em algumas
colônias
do
Espírito
Santo, Rio
de
Janeiro,
Minas
Gerais e
São Paulo
- todas
pouco
expressivas.
Por outro
lado, uma
parte dos
imigrantes
-
sobretudo
após a
Primeira
Guerra
Mundial -
se
estabeleceu
em cidades
maiores
como Porto
Alegre,
Curitiba e
São
Paulo.
A
concentração
em algumas
regiões do
Sul, além
da
manutenção
da língua
e de
outras
características
da cultura
original e
da
presença
marcante
de uma
imprensa,
escola e
associações
germanizadas,
criou
condições
para o
surgimento
de uma
etnicidade
teuto-brasileira,
cuja marca
é o
pertencimento
primordial
a um grupo
étnico
demarcado
pela
origem
alemã.
Disto
resultou
uma longa
história
de atritos
com a
sociedade
brasileira,
que
culminou
com a
campanha
de
nacionalização
durante o
Estado
Novo
(1937-1945)
- uma
tentativa
de
acelerar o
processo
assimilacionista.
Os ideais
primordiais
de
pertencimento
étnico,
embora
atenuados,
não
desapareceram
após a
Segunda
Guerra
Mundial e
podem
ainda hoje
ser
percebidos
nas
principais
regiões de
colonização
alemã.
Texto de
Giralda
Seyferth:
Fonte:
Site do
Ministério
das
Relações
Exteriores
Mestre em
Antropologia
Social
pelo
Programa
de
Pós-Graduação
em
Antropologia
Social do
Museu
Nacional
da
Universidade
Federal do
Rio de
Janeiro,
Giralda
Seyferth é
doutora em
Ciências
Humanas
pela
Universidade
de São
Paulo e
professora
do
Departamento
de
Antropologia
do Museu
Nacional -
UFRJ.
Entre suas
principais
publicações
estão os
livros A
Colonização
Alemã no
Vale do
Itajaí-Mirim
(Porto
Alegre,
Editora
Movimento,
1974),
Nacionalismo
e
Identidade
Étnica
(Florianópolis,
Fundação
Catarinense
de
Cultura,
1982) e
Imigração
e Cultura
no Brasil
(Brasília,
Editora da
Universidade
de
Brasília,
1990),
além de
numerosos
artigos em
revistas
especializadas.
Assinar:
Postagens (Atom)