sábado, 4 de setembro de 2010

Imigração Japonesa





Em 1908 chegaram ao Brasil as primeiras 165 famílias de imigrantes japoneses. Nas décadas seguintes, os Marus - grandes navios vindos do Japão – desembarcaram milhares de imigrantes no porto de Santos (SP).
Entre 1908 e 1924, a passagem dos imigrantes era financiada pelos fazendeiros de café brasileiros. Os imigrantes assinavam um contrato por dois anos na fazenda. Do salário, eram descontados os gastos com a passagem e estada. O pouco que sobrava, eles guardavam, na expectativa de retornar à terra natal.
Na região da estação Cerqueira César da linha férrea Sorocabana, foi fundada, em 1911, a primeira colônia - chamada Colônia Monção.
Em 1915 a primeira escola japonesa urbana em São Paulo começou a funcionar.
A partir de 1925, devido à explosão populacional, o governo japonês passou a financiar as passagens o que gerou um aumento significativo na entrada de imigrantes em nosso país.
Com a Segunda Guerra Mundial, em 1924, a imigração foi proibida. Entretanto, uma década depois, os Marus voltaram ao porto de Santos trazendo desta vez, imigrantes japoneses com um perfil diferente: possuíam diploma e desejavam se estabelecer no Brasil. Eles foram trabalhar nas empresas navais e eletroeletrônicas japonesas que abriram filiais aqui.
A CAC – Cooperativa Agrícola de Cotia, a mais importante cooperativa agrícola de imigrantes japoneses, foi oficialmente fundada em 1927 e começou com a união de oitenta e três agricultores.
Em 1929, os primeiros japoneses desbravadores da região amazônica instalaram-se em Acará, no Pará (atual Tomé-Açú).
Os japoneses fundaram cidades como Bastos e Tietê, importantes pólos urbanos e regionais do interior paulista.
Em 1958 o príncipe Mikasa, visitou o Brasil para participar das festividades do cinqüentenário da imigração japonesa.
A sede da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa foi inaugurada em 1964 em São Paulo.
Em 1967 a comunidade nissei lotou o estádio do Pacaembu, em São Paulo, para receber a primeira visita do casal imperial japonês no Brasil.
O último navio transportando imigrantes japoneses chegou aqui no ano de 1973.
Em 1978 foi inaugurado o Museu da Imigração Japonesa no Brasil.
Comemorou-se em 1995 o centenário do tratado da Amizade, Comércio e Navegação entre Brasil e Japão.
No início da década de 1980, com a crise econômica brasileira e a demanda do Japão por mão-de-obra, os filhos dos imigrantes japoneses começaram a buscar oportunidades de trabalho na terra natal de seus pais ou avós. De 1980 a 1990, 85 mil jovens nipo-brasileiros embarcaram para o Japão. Eles estão fazendo hoje o caminho contrário percorrido por seus conterrâneos.

A influência dos costumes dos imigrantes japoneses em nossa cultura
A influência do Japão aparece com freqüência em nosso dia a dia: nas roupas com detalhes semelhantes aos quimonos, na porcelana do café-da-manhã ou em objetos de bambu.
Tempurá, sushi, sashimi são exemplos de pratos da culinária japonesa que nós brasileiros aprendemos a apreciar.
Há quem tenha verdadeira paixão pelo bonsai que ao pé da letra significa “árvore em bandeja”. As espécies em miniatura florescem da união da arte, agrotécnicas e tempo.
Os japoneses dominam como poucos a arte do papel. O origami é a técnica mais conhecida, através da qual formas inusitadas nascem da dobradura (nome que adotamos por aqui) sem uso de cortes ou colagens.
Inventada na cidade de Kobe, na década de 1970, a prática de cantar acompanhando a letra nos televisores, karaokê, conquistou o mundo todo.
Tudo isso sem falar nas artes marciais, na agricultura ou ainda nas terapias corporais corporais como o shiatsu.
Fontes: www.100anosjapaobrasil.com.br, www.claudia.com.br .Dicas de leitura: O livro de Célia Kakurai, pesquisadora da imigração japonesa, intitulado Os Japoneses, publicado pela editora Contexto.
Como passeio cultural sugiro uma visita ao Pavilhão Japonês do parque Ibirapuera em SP, onde você se verá diante de uma réplica do Palácio Katura, situado em Kioto. O espaço, de 7,5 mil metros quadrados, é destinado à difusão da cultura japonesa. Abriga obras de arte, um lago com carpas coloridas além de um jardim japonês. A atração do Salão de Exposição de Arte Japonesa são as roupas de samurais, esculturas do século II e vasos de várias dinastias.
O filme O último Samurai , estrelado por nada mais nada menos que Tom Cruise, também é uma excelente pedida para você alugar e assistir no final de semana, comendo as deliciosas pipocas de chocolate que postei neste blog.

Agora se vc sabe ponto cruz, que tal imprimir este esquema e bordar um lindo bonsai em homenagem aos nossos queridos amigos orientais que tanto contribuiram e ainda contribuem para o enriquecimento da cultura deste país?

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